sexta-feira, 10 de outubro de 2008

E lá vou eu mais uma vez...

Estou doente, doente novamente. Sim, meus amigos, entre o dia em que criei esse blog até o dia de hoje entrei em estado de mania e fiz muitas coisas que não queria e não devia. Há uma garrafa de vinho nos meus pés agora, eu sei que não deveria, mas algo é muito maior que a minha vontade.
Minha montanha russa subiu, alto e é claro logo ela descerá, ou já está descendo, não sei ao certo.
Essa crise já me trouxe novas cicatrizes no braço esquerdo, TODOS os meus copos de vidro quebrados, uma amnésia alcoolica perigosa, e eu só percebi ontem, ontem que minha mente já havia ultrapassado o nível de felicidade recomendado. Como explicar isso? Como explicar o quanto é perigoso ser feliz para mim?
Como direi para a minha mãe que fiquei doente apesar de tudo o que ela tem me dado e feito por mim? O que direi a ele* que acabou de entrar na minha vida, mas se jogou de cabeça, como direi que estou doente?
Nesses momentos, quando você percebe que não importa o quanto se esforce, o quanto se tente, uma hora aquela onda chega e pega você, mais cedo ou mais tarde, nesses momentos quando se tem certeza da eternidade desse momento é que se pensa se não é melhor morrer. Mas NÃO eu não quero morrer, e não, não quero ser internada novamente como já quase aconteceu, não quero ser caçada pela polícia como uma portadora de transtorno mental, não tenho para onde correr.

7 comentários:

Welser disse...

Procure não pensar agora, deixe passar essa "onda", depois você pensa. Os pensamentos são traiçoeiros nesses momentos. Aí você me pergunta:_Quando eles não são traiçoeiros?
Só posso responder-lhe que fora dos picos das crises nós temos um pouco mais de domínio sobre eles. Ficam menos confusos.
Um abraço.

Góris (Gregório Faria) disse...

Oi Isis.

Espero que as coisas melhorem pra vc... Nao sou muito bom dando conselhos e talz, ate por que eu nao sou bipolar e pra quem ta de fora eh sempre facil opinar, sendo que raramente a gente tem a sensibilidade certa pra essas coisas.

Qualquer coisa, meu MSN e gorisfaria@hotmail.com. Sei que deve ter bastante gente pra conversar, mas se quiser me ADD, fique a vontade.

Anônimo disse...

Nesses momentos, quando você percebe que não importa o quanto se esforce, o quanto se tente, uma hora aquela onda chega e pega você, mais cedo ou mais tarde, nesses momentos quando se tem certeza da eternidade desse momento é que se pensa se não é melhor morrer. Mas NÃO eu não quero morrer, e não, não quero ser internada novamente como já quase aconteceu (...)

me sinto exatamente assim, e voce sabe que nao sou bipolar...

Guto disse...

Oi Isis.
Sou repórter da Rádio Metodista de São Bernardo do Campo. Estou fazendo uma matéria sobre Transtorno Bi-polar.
Li o seu blog e gostaria de entrevistá-la pessoalmente ou por telefone para conversarmos a respeito do seu Blog. Tenho hoje e segunda de manhã para finalizar essa matéria. Toparia falar comigo?
Meu mail é: gutogts@gmail.com e meu celular é 7192-5175.
Aguardo o seu contato.
Um abraço.

Lee Brandão disse...

Sofro de Síndrome do Pânico desde meus 20 anos, e hoje tenho 43. Em alguns aspectos, os sintomas da SP são muito parecidos com o TB - picos de humor, manias, medos, ansiedade, agorafobia e etc - que não tenho dedos para contar por quantas vezes tive vontade de bater a cabeça na parede até meu cérebro parar de funcionar para quem sabe morrer e terminar com todo aquele sofrimento. Mas os anos passaram, e percebi que minha vontade de viver e vencer era maior do que a doença. São três etapas:
1a aceitar a doença: estudar sobre ela, falar abertamente com a família e os amigos, não ter vergonha de expressar a raiva, o medo, a angústia para quem quer que seja.
2a aceitar a cura: buscar ajuda profissional, persistir no tratamento, ser honesta consigo mesma e com aqueles que nos cercam.
3a vencer a doença: vencer um transtorno mental não significa necessariamente curar-se definitivamente, mesmo porque muitas destas doenças acaba provocando outras e fica quase impossível viver sem seqüelas. Vencer a doença, significa que você aprendeu a conviver com ela, a controlar os sintomas e ter a absoluta certeza que as crises serão cada vez mais esporádicas e SEMPRE passageiras. Dá até para negociar: vamos ao cinema, ou a qualquer lugar fechado, desde que nosso assento fique no corredor próximo à saída. O importante é JAMAIS deixar de ir ao cinema. E mais: se quiser sair/namorar ou casar comigo, saiba desde já que sou assim e assado, tenho esta e aquela mania e etc. Com o tempo, você descobrirá que TODOS tem suas manias e neuroses, mas que só vc trata as suas...rs! Enfim, acredite no potencial que vc tem de vencer e ser feliz. Foi pensando assim que tenho vivido todos esses anos, e hoje sou uma mulher plenamente realizada, mãe de uma linda menina de 16 anos, estou casada pela 2a vez, sou bem sucedida profissionalmente.
Espero ter ajudado e desejo que muito em breve vc nos traga boas noticias!!!
bjs
Giselle

Eduardo Fernandes disse...

Conheço alguém que também passa por coisas assim. Não sabia que se tratava de uma doença e por isso a deixei sofrer demais. Agora espero poder ajudar.

Unknown disse...

Somos uma emrpesa de pesquisa de mercado e fomos contratados para entrevistar pacientes e cuidadores de Transtorno bipolar. Se você tiver interesse e morar em São Paulo, ligue neste telefone:
11 5041-1818 e fale com Tasso
obrigada